‘Dias melhores, de alegrias renovadas, de muita dedicação ao nosso esporte’. Confira a entrevista com Márcio Lopes em nove toques

Márcio Lopes e Renato Souza

Na próxima segunda-feira, 19, será realizada a assembleia virtual para formalizar a nova diretoria da Federação de Futebol de Mesa de Minas Gerais (Fefumemge), que ficará responsável por gerir o futebol de mesa em Minas Gerais no quadriênio 2025-2028. Apenas a chapa comporta por Márcio Lopes e Renato Souza (foto) se candidatou. Confira, a seguir, uma entrevista com o futuro Presidente da Fefumemge: ele fala da vida profissional, da família, da longa trajetória no futebol de mesa e aborda planos para a modalidade.
Primeiro toque – Quem é Márcio Lopes longe das mesas? Como foi sua atuação profissional e o que gosta de fazer além do futebol de mesa?
Márcio Lopes: Meu nome é Márcio Henrique dos Reis Lopes, nascido em Juiz de Fora no ano de 1949, filho de um casal simples e trabalhador, filho do meio, um irmão e uma irmã. Fiz o que todo jovem fazia: estudei, mas nunca fui muito chegado a livros. Minha ideia era ser arquiteto, isto se perdeu pelo caminho. Em 1972, comecei a trabalhar, e meu primeiro emprego foi no Banco Mercantil de São Paulo, onde fiquei por 3 anos. Em 1975, me casei e deste casamento nasceram duas filhas. Em 1984, terminou esta estória, separamos e, em 1990, celebrei minha união com a pessoa maravilhosa que tenho até hoje a meu lado. Em 1977, fiz concurso para ingressar na Caixa Econômica Federal, admitido em 1978, trabalhei sempre em Juiz de Fora e só saí por conta da aposentadoria em 2002. De lá para cá, aproveitei bastante o tempo livre e sem compromissos e assim vivo até hoje.
Segundo toque: Falando de futebol de mesa agora, somente a Chapa Márcio Lopes/Renato Souza se candidatou para assumir a direção da Fefumemge nos próximos quatro anos, a partir de 2025. Quais são os planos para esse período?
ML: A contar pelo acontecido, imagino que não deva ser uma missão muito fácil, haja vista que ninguém se apresentou para tal. Na eleição passada, fui candidato numa chapa renovadora, mas infelizmente não fomos eleitos. Agora fui convidado pelo Renato para liderar uma chapa, aceitei o desafio. Praticamente não tivemos tempo ainda de conversar sobre metas. Está muito recente, mas a gente tem sempre em mente fazer o melhor pela nossa Federação. Com certeza, teremos ideias para melhorar o andamento das competições, faremos o máximo possível para divulgar o nosso esporte e trazer novos adeptos, questões burocráticas precisam ser revistas, tentaremos manter sempre muito bem informados todos os atos da Diretoria, teremos muita coisa para fazer.
Terceiro toque: Você tem uma longa trajetória no futebol de mesa, tanto como botonista como fabricante de times. O que essa experiência traz de olhar para o momento da modalidade?
ML: De fato, é uma longa caminhada. Comecei na regra 3 Toques em 1984 e hoje vejo que algo precisa ser feito. Esta modalidade vem diminuindo o número de praticantes. Em contrapartida, o Dadinho cresceu bastante e com equipes fortes em Minas Gerais, e 12 Toques vem crescendo também, acredito pela facilidade da regra.
Quarto toque: O cenário atual do Futebol de Mesa no estado conta com três modalidades, cada uma com suas particularidades. Quais as principais necessidades de cada regra? E quais as necessidades comuns?
ML: São bem distintas as modalidades e com características próprias. O meu olhar para a Três Toques é que alguma coisa precisa ser feita para que as competições tenham maior celeridade, a dinâmica do jogo precisa alterar sem deixar perder a essência da regra. O Dadinho em Minas Gerais vai muito bem, obrigado, ainda muito regionalizado, precisamos expandir, ter outros centros. Belo Horizonte, nossa capital, não tem um pessoal dedicado a esta modalidade. A 12 Toques vem crescendo também e já temos centros distintos praticando esta modalidade. O Sul de Minas sempre se destacou, mas agora temos Belo Horizonte, Juiz de Fora, Governador Valadares, Varginha, Campanha e é um movimento crescente.
Quinto toque: Com relação às competições estaduais, sempre há diferenças de opinião sobre as taxas de inscrição. Há quem considera altos os valores e também quem acredita que são necessários para melhorar a infraestrutura das competições. Qual o posicionamento sobre esse ponto e o que os botonistas do estado podem esperar da nova gestão neste sentido?
ML: Tenho visto taxas bem elevadas sendo cobradas, desanima muita gente, quem viaja ainda tem gastos com estadia e deslocamento. Meu pensamento é que as inscrições sejam convertidas em melhoramento para a sede organizadora, se necessitar de algum investimento, será necessária uma taxa diferenciada. Já em sedes já organizadas, o investimento seria mínimo, somente o necessário para acontecer o evento. Eu não sou favorável a taxas altas sem explicação. Competições de Dadinho são realizadas com o mínimo necessário.
Sexto toque: No que diz respeito às três regras, vocês pretendem escolher Diretores Técnicos? Se sim, esses nomes já foram definidos? Já podem ser divulgados?
ML: Pretendemos sim, como agora é escolha, acho que ficou bem cômodo, teremos tempo de conversar e escolher pessoas que estejam dispostas a trabalhar junto. Ainda não temos, com certeza, os nomes. Já andamos conversando e até agora só temos definido mesmo o DT da regra Dadinho.
Sétimo toque: Há alguma possibilidade de retornar a disputa de juniores?
ML: Na regra Dadinho já existe um trabalho feito em Chácara, com meninos. O ideal seria termos na 3 e na 12, como era antigamente. Acho difícil, mas ficaria imensamente feliz se aparecessem garotos querendo jogar. Com certeza, a Federação daria a maior atenção possível.
Oitavo toque: Como vocês acreditam que deve ser a relação com a CBFM, seja com as Diretorias Técnicas de cada regra ou com a presidência da Confederação?
ML: Eu vou lutar para que a gente tenha um relacionamento claro e aberto com a CBFM, cada um no seu espaço e com muito respeito.
Coloca: Qual a mensagem você gostaria de deixar para os botonistas de Minas Gerais?
ML: Mensagem de dias melhores, de alegrias renovadas, de muita dedicação ao nosso esporte e muito respeito a todos. Agradeço a confiança do meu amigo Renato, por certo, não vou causar decepção. Aos meus amigos, o meu agradecimento e minha amizade.

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